Outro ponto que Bolsonaro admitiu a possibilidade de alterar é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago para idosos e deficientes de baixa renda, e na porcentagem da pensão por morte, que poderia passar de 60% para 70%. Para o presidente, é possível "tirar alguma gordura" do texto.
Mais tarde, a possibilidade de redução da idade mínima para mulheres foi confirmada pela líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que disse ter se reunido com a equipe de Economia logo após a fala do presidente.
"Conversei com a equipe econômica. O Congresso Nacional tem poder de mexer na reforma, mas precisa entender que, a cada mexida, corremos o risco de perder na economia (prevista para R$ 1 trilhão em 10 anos). Mas o presidente é muito sensível (...)", afirmou. "O que (o presidente) está fazendo é mandar recado, dizer que está disposto a negociar."
Negociações
"É saudável, desde que as emendas sejam levadas para o bem da população. Não existe chantagem", disse, acrescentando que há boa vontade para negociar as questões envolvendo o projeto, ainda que o governo corra o risco de ver a reforma desidratar.
[SAIBAMAIS]Ainda sobre as concessões antes da negociação de fato, Joice afirmou que "quem vai fazer articulação somos nós (líderes do governo). O presidente nos dá sinalização e nós negociamos. Tenho certeza de que o Congresso vai ter responsabilidade com a nova Previdência", completou.
Almoço desmarcado
Embora tenha se colocado como "parte de um time", Joice desmarcou o almoço com o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), enfraquecido pela falta de articulações e de alianças na Casa. "Tenho uma pila de projetos para avaliar. Desmarcamos o almoço mar vamos tomar um café. Falar que ele foi escanteado é fofoca", defendeu.