O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) usou seu tempo de fala na sabatina do economista Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central, para elogiar as escolhas liberais do governo do presidente Jair Bolsonaro, seu pai, e defender a reforma da Previdência.
"Tenho a certeza de que teremos um BC independente, sem a interferência do governo em questões estratégicas da política monetária. Talvez o presidente Jair Bolsonaro tenha se encontrado uma ou duas vezes com o indicado. O Brasil finalmente vai tomar um rumo correto na economia sem interferência da política e sem um olhar criminoso sobre o empreendedor, como se fosse crime ganhar dinheiro", afirmou o senador. "Quando o Estado não atrapalha já está ajudando demais", completou.
Flávio aproveitou os dez minutos de seu tempo para também defender a aprovação da reforma da Previdência, entregue pelo governo ao Congresso na semana passada. Ele rebateu as acusações de que a proposta atual deixe idosos desamparados ao pagar apenas R$ 400 como Benefício de Prestação Continuada (BPC) entre os 60 e 70 anos de idade para as pessoas em situação de miserabilidade. Segundo ele, o discurso da oposição de que pobre será penalizado (na reforma) será dizimado em plenário.
"A intenção da reforma não é desamparar, mas sim proteger essas pessoas", argumentou. "Sem a reforma, o Brasil quebra em 15 anos. Ninguém está feliz em ter que apreciar a matéria, ninguém gostaria de fazer, mas é necessário fazer a reforma o quanto antes", completou.
Também passam por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) Bruno Serra Fernandes, que ocupará a Diretoria de Política Monetária, e João Manoel Pinho de Mello, que será o titular da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC.