Diante das incertezas na economia, os investidores ficaram mais reticentes em comprar títulos do governo. Com isso, o Tesouro Nacional foi obrigado a resgatar R$ 86 bilhões em papéis que estavam em poder do mercado. Assim, o estoque da dívida pública federal caiu 1,77% em janeiro, para R$ 3,8 trilhões.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, o número do resgate de títulos no Tesouro é bastante expressivo e, a maior parte, se refere a resgate de prefixados, ou seja, o vencimento da LTN de janeiro de 2019.
Mas, apesar da dificuldade do governo para vender títulos, Vital avalia que janeiro foi um mês positivo para o Tesouro. Segundo o relatório da dívida pública, os estrangeiros aumentaram a participação de 11,22% em dezembro, para 11,80% em janeiro. De acordo com Vital, a expectativa para o aumento do investimento dos estrangeiros é alta para os próximos meses.
Já os bancos foram os que mais se livraram dos papéis do governo, diminuindo seu estoque em R$ 40 bilhões, atingindo R$ 807 bilhões no mês de janeiro. Para o mês de fevereiro, a expectativa para o Tesouro vai depender do andamento das reformas, se as votações forem positivas, os números vão melhorar, explicou Vital.