Jornal Correio Braziliense

Economia

Consumidores esperam inflação de 4,9% em 12 meses a partir de fevereiro, diz FGV

A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 4,9% em fevereiro, ante 5,0% em janeiro, informou nesta quinta-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado representa o menor patamar desde julho de 2007, quando estava em 4,8%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve redução de 0,5 ponto porcentual na estimativa para a inflação. "A estimativa mediana de inflação projetada pelos consumidores para os próximos 12 meses vem diminuindo nos últimos quatro meses, após o período eleitoral. As expectativas mais favoráveis, isso é, de uma inflação mais baixa, vêm sendo influenciadas pelo maior otimismo dos consumidores com relação à situação econômica do país e redução de incertezas. A tendência nos próximos meses é que esse resultado se torne mais estável ou com pequenas variações, considerando o ritmo gradual de recuperação da economia", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Na distribuição por faixas de inflação, 60,5% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação, de 4,25%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, ou seja, entre 2,75% e 5,75%. No mês anterior, esse porcentual era de 61,4% dos consumidores. Na análise por faixas de renda familiar, a queda no indicador de fevereiro foi influenciada pelas famílias com renda mensal mais baixa, que recebem até R$ 2.100,00 mensais. Para esses consumidores, a expectativa de inflação para os próximos 12 meses diminuiu 0,7 ponto porcentual, para 5,4%. Nas demais faixas de renda, as expectativas se mantiveram estáveis. O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.