Os economistas estão prevendo um resultado primário melhor para as contas públicas brasileiras. Segundo projeções divulgadas no Prisma Fiscal, do Ministério da Economia, a expectativa do rombo nas contas públicas de 2019 tombou de R$ 102,3 bilhões para R$ 99,5 bilhões. As perspectivas foram divulgadas na manhã desta quinta-feira (14/2) pela pasta.
Se concretizado o valor, será o quinto ano consecutivo de deficit nas contas públicas. O resultado primário apresenta resultados negativos desde 2014, fruto da expansão dos gastos obrigatórios. Na prática, cerca de 93% das despesas do orçamento já estão vinculadas a dispositivos específicos.
Os benefícios previdenciários são os que consomem a maior parte, representando mais de 50% do total de custos do governo federal. Por isso, os economistas ressaltam a necessidade de se fazer a reforma da Previdência.
Segundo o Prisma Fiscal, por conta da previsão menor no deficit, hoje uma perspectiva melhor para a dívida bruta do país, que antes estava em 78,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e agora está em 78,0% do PIB.
Para compor o rombo de R$ 99,5 bilhões, os economistas avaliam que o governo federal terá uma receita líquida de R$ 1,322 trilhão. Já as despesas serão de R$ 1,423 trilhão. A arrecadação do governo federal deverá compor R$ 1,569 trilhões.
Ao término de 2020, a expectativa é de um rombo de R$ 65,4 bilhões, com dívida pública em 79,3% do PIB.