Ao participar de um evento em Brasília, nesta quarta-feira (13/2), o secretário geral da Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou que o objetivo do governo, até o fim do ano, é vender US$ 20 bilhões em estatais, garantiu. Segundo ele, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras serão preservadas, mas com funções redirecionadas e ;mais magrinhas;, com a privatização de subsidiárias.
"As subsidiárias de Caixa, Banco do Brasil e Petrobras serão as primeiras, mas essas empresas pelos seus tamanhos, serão preservadas. Mas terão seu papel redesenhados. Não vão competir com o mercado. Serão mais direcionadas às políticas de governo", destacou.
Mattar defendeu que o governo não tem que competir com o setor privado. "Deve focar em saúde, defesa, educação. Por isso temos um programa de privatização muito forte. A Petrobras tem 36 subsidiárias, mas o Judiciário está retendo a possibilidade dessas privatizações", destacou, ao participar do Seminário de Abertura do Ano de 2019, realizado nesta quarta-feira (13/2) pela revista Voto, com apoio do Financial Times.
Gastos de R$ 15 bilhões
Segundo o secretário, o governo quer realocar os R$ 15 bilhões gastos com a folha de pagamento de 70 mil funcionários públicos de estatais deficitárias. ;Você daria R$ 15 bilhões para estatais ou para o armamento da polícia? Pagaria R$ 15 bilhões para 70 mil servidores ou para melhorar o salário dos professores e dar condições às escolas? Qual seria sua opção?;, indagou.
O secretário culpou a social democracia pelas dificuldades enfrentadas agora para vender estatais. Ele argumentou que o país foi conduzido pela social democracia nos últimos anos, mas que as eleições mostraram que a população quis mudar isso. ;O eleitor nem sabe o que é liberalismo, mas quer mudança. Então o governo tem obrigação de fazer uma disrupção;, assinalou.
Segundo ele, o modelo passado que trouxe insatisfação porque criou um Estado gigantesco, pesado, uma máquina terrivelmente onerosa para o pagador de impostos. ;Vamos quebrar o modelo anterior, burocrático, que é um inferno para o empreendedor;, prometeu.