O avanço no diálogo para financiar o governo dos Estados Unidos ajudou as bolsas europeias a subir nesta terça-feira, 12, influenciadas também por balanços corporativos. Além disso, investidores monitoraram os desdobramentos do processo para a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e papéis do setor de energia foram apoiados pela alta robusta do petróleo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,46%, em 362,78 pontos.
Na noite de segunda-feira, a oposição democrata e a situação republicana anunciaram um acordo em princípio para garantir o financiamento do governo americano, evitando o risco de uma paralisação parcial (shutdown), que tem impactos econômicos. A sinalização positiva ajudou os mercados acionários europeus.
Na Europa, a premiê Theresa May afirmou que o governo do Reino Unido apresentará ao Parlamento do país uma emenda para definir os próximos passos no Brexit no dia 26, para provável voto no dia seguinte, caso não consiga até lá conseguir a maioria necessária para aprovar o acordo com a UE. Ainda segundo ela, a prorrogação do processo de saída do bloco "não é a solução" para evitar um cenário de saída sem acordo.
No setor corporativo, Michelin registrou resultados melhores que o previsto em 2018, o que levou a ação da fabricante de pneus a avançar 11% em Paris. Outros papéis do setor automotivo foram apoiados por isso: Pirelli avançou 6,1% em Milão e a fabricante de peças para automóveis francesa Faurecia subiu 4,75%.
Entre os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Jens Weidmann voltou a criticar nesta terça a política de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) da instituição. Segundo ele, as compras de bônus em grande escala podem prejudicar a independência da instituição.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,06%, em 7.133,14 pontos. Entre os bancos, Lloyds subiu 0,42% e Barclays, 0,78%. A petroleira BP teve alta de 0,17% e a mineradora Glencore, de 0,64%. Já Vast Resources teve baixa de 7,58%, em meio a dificuldades financeiras da mineradora. TUI registrou balanço trimestral que desagradou e a ação caiu 7,5%.
Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,01%, a 11.126,08 pontos. Deutsche Bank subiu 2,16% e Aroundtown ganhou 0,53%, entre os mais negociados, e E.ON avançou 0,51%.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve ganho de 0,84%, a 5.056,35 pontos. A petroleira Total subiu 0,15% o Crédit Agricole registrou alta de 1,72%, enquanto Société Générale subiu 1,49%.
O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, subiu 1,12%, a 19.805,28 pontos. Os bancos italianos se saíram bem, como Intesa Sanpaolo (+0,32%), BPM (+1,89%) e UniCredit (+2,32%). A petroleira ENI subiu 0,72%.
Na Bolsa de Madri, o índice IBEX-35 registrou alta de 0,52%, a 8.983,10 pontos. Santander caiu 0,16%, mas Banco de Sabadell avançou 1,41% e BBVA teve ganho de 1,68%. Iberdrola subiu 0,39%.
Em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 0,74%, a 5.131,51 pontos. Banco Comercial Português subiu 0,95% e EDP-Energias de Portugal teve alta de 1,01%, enquanto Galp Energia subiu 1,58%. (Com informações da Dow Jones Newswires)