O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou melhora na passagem do trimestre encerrado em outubro de 2018 para o trimestre terminado em janeiro de 2019, embora permaneça em patamar desfavorável: passou de -10,7 pontos para -9,1 pontos. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.
A melhora foi influenciada pela alta do Indicador das Expectativas (IE), que passou de 21,6 pontos em outubro para 25 pontos em janeiro. Já o Indicador da Situação Atual (ISA) saiu de -38,3 pontos para -38,0 pontos no mesmo período.
A melhora do ICE da América Latina foi puxada pelos resultados mais favoráveis do Brasil. O ICE do Brasil avançou de -33,9 pontos negativos em outubro de 2018 para +3,6 pontos em janeiro de 2019. A recuperação é explicada pelo aumento de 240% do indicador de expectativas, de 25,9 pontos em outubro para 88 pontos em janeiro.
No mundo, o Índice de Clima Econômico (ICE) permanece na zona desfavorável: o ISA encerrou em 2,2 pontos em janeiro, enquanto o IE ficou em -2,7 pontos. Houve piora do ICE nos Estados Unidos (-2,9 pontos), União Europeia (-13,0 pontos), França (-23,8 pontos), Japão (-18,9 pontos) e Reino Unido (-46,7 pontos).
Entre os países que forma o grupo dos Brics, o ICE da China caiu em consequência de uma piora das avaliações sobre a situação atual e expectativas, que se mantiveram em terreno negativo, em -38,8 pontos. O mesmo ocorreu na África do Sul (-33,7 pontos). Rússia (-22,1 pontos), Índia (+10,4 pontos) e Brasil registram melhora na avaliação do clima econômico, mas apenas os dois últimos países estão na zona favorável do ICE.
Observa-se que a Índia registra ICE positivos, desde outubro de 2013, o que sinaliza um período sustentado para um crescimento favorável, ressaltou a FGV.