O dólar passou a exibir viés de alta na manhã desta sexta-feira, 8, ao registrar máxima em R$ 3,7227 no mercado à vista, depois de ter recuado nos primeiros negócios em meio a uma realização de ganhos. Nas últimas duas sessões, a moeda acumulou alta de 1,48% ante o real. Na mínima, caiu aos R$ 3,7037 (-0,40%).
O ajuste de baixa inicial foi limitado pelo leve avanço do dólar ante seus pares principais e algumas divisas de países emergentes e exportadores de commodities. No exterior, persistem preocupações com a capacidade de China e Estados Unidos fecharem um acordo comercial até 1º de março, com a desaceleração global e com o risco de, na semana que vem, haver nova paralisação parcial do governo dos EUA por falta de acordo com a oposição no Congresso para construção de um muro na fronteira com mo México.
Internamente, os ajustes de posições ocorrem em meio a uma liquidez ainda fraca, disse um operador de uma corretora. Após uma realização pontual, o mercado se alinha ao viés de alta do dólar no exterior e monitora eventuais novidades sobre as negociações no governo e Congresso em torno da reforma da Previdência.
A agenda do ministro da Economia é monitorada em busca de novas pistas sobre a proposta de reforma da Previdência. Também segue no radar o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro, que já está internado há 12 dias e, pelo último boletim médio, deve permanecer no hospital ainda por, pelo menos, mais sete dias. Operadores afirmam que esse afastamento contribui para a demora no envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso.
O avanço de 0,32% do IPCA de janeiro, ante 0,15% em dezembro, foi observado, mas fica em segundo plano porque não muda a expectativa de estabilidade da taxa Selic, em 6,5% ao ano, por período prolongado.
Às 10h, o dólar à vista subia 0,17%, a R$ 3,7247. O dólar futuro para março estava em alta de 0,19%, a R$ 3,7295.