Os juros curtos reagem em alta ao tom menos "dovish" (suave) do que o esperado do Copom, enquanto os prazos mais longos são pressionados pelo dólar forte ante o real e no exterior diante da cautela com a desaceleração da economia global e as preocupações com a reforma da Previdência.
A expectativa pelo leilão de LTN, LFT e NTN-F (11h30) também deixa o investidor em compasso de espera. Nesta quarta-feira, 6, as taxas mais curtas fecharam perto da estabilidade e as mais longas, com viés de alta.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve, por unanimidade, a Selic em 6,50% ao ano, o nível mais baixo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Foi a sétima manutenção consecutiva da taxa neste patamar.
"Houve redução da assimetria no balanço de riscos, mas esperava que ficasse mais balanceado. O BC continua com assimetria para alta da inflação. A avaliação sobre o cenário externo melhorou um pouco, porém não foi suficiente para deixar o balanço de riscos simétrico", disse na noite de quarta o economista-sênior do Haitong Banco de Investimentos, Flávio Serrano.
Às 9h29 desta quinta-feira, 7, o DI para janeiro de 2020 subia a 6,475%, de 6,360% no ajuste de quarta, e o DI para janeiro de 2021 avançava para 7,16%, de 6,99%. Já o DI para janeiro de 2023 estava em 8,28%, de 8,17%, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 exibia 8,81%, de 8,71% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista subia 0,25% neste mesmo horário, a R$ 3,7141, enquanto o dólar futuro de março avançava 0,41%, a R$ 3,7180.
Mais cedo foi divulgado que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,07% em janeiro, ante queda de 0,45% em dezembro, dentro do intervalo das previsões do Projeções Broadcast, que ia de recuo de 0,03% a elevação de 0,38%, porém menor que a mediana, de 0,18%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou 6,56% nos últimos 12 meses.