Jornal Correio Braziliense

Economia

Juros recuam em sintonia com dólar e otimismo sobre reforma da Previdência

Os juros futuros seguem em baixa na manhã desta quinta-feira, 31, em sintonia com o dólar, ajudados pelo exterior e a percepção positiva sobre o quadro interno, especialmente para a reforma da Previdência. "Novas declarações de Mourão e governadores reforçando a expectativa em torno da reforma da Previdência mantêm visão positiva", avalia o operador Luis Felipe Laudisio dos Santos, da Renascença DTVM, em nota a clientes. Na quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, disse que ele e outros governadores aprovam o modelo de reforma apresentado pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho. Já perto do fechamento, o prefeito de Campinas e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, disse que a FNP apoiará a reforma desde que o projeto também tenha aplicação imediata nas contas dos Estados e municípios. E o vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que a reforma incluirá os militares e que um projeto de lei para abarcar militares deve ser apresentado ao Congresso no primeiro semestre. No câmbio, a moeda norte-americana renovou mínimas no período da manhã, com impacto imediato nas taxas futuras. Estão no radar dos investidores o início da rolagem do vencimento de swap cambial de março (sexta-feira) e dois leilões de linha com recompra de até US$ 3 bilhões (12h15 e 12h30) nesta quinta. Além disso, os leilões do Tesouro de LTN e NTN-F podem trazer pressão de alta pontual aos juros (11h30). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) foram monitorados mais cedo pelos agentes do mercado, mas ficam em segundo plano. A pesquisa mostra que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro de 2018. O resultado ficou no teto das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,2% e 11,6%, com mediana de 11,40%. Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,8%. No trimestre encerrado em novembro, a taxa era de 11,6%. Às 10h08, o contrato de DI para janeiro de 2020 estava em 6,37%, de 6,46% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2021 caía a 7,00%, de 7,14%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 8,17%, de 8,33% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2025 estava em 8,75%, de 8,89% no ajuste de quarta. No câmbio, o dólar à vista caía 1,18%, a R$ 3,6524. O dólar futuro para março, que é o mais negociado a partir desta quinta , recuava 0,93%, a R$ 3,660.