Jornal Correio Braziliense

Economia

Taxas futuras de juros recuam com dólar fraco e IPCA 'ancorado'

Os juros futuros recuam na manhã desta sexta-feira, 11, acompanhando o dólar fraco ante o real, sendo que nos prazos mais curtos esse movimento é moderado, após o IPCA de dezembro ter subido 0,15%, ficando ainda da mediana das estimativas do Projeções Broadcast (0,12%). Em novembro, o indicador de inflação havia caído 0,21%. Ainda assim, o resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas (-0,05% a +0,23%) e é o menor porcentual para dezembro o início do Plano Real. Segundo o operador de renda fixa da Renascença DTVM Luis Felipe Laudisio dos Santos, o IPCA apesar de ter vindo "ligeiramente acima" da mediana, "segue bastante ancorado e definitivamente não é uma preocupação no momento". No câmbio, o dólar recua ante o real, influenciado pela queda do índice DXY da moeda americana em meio à nona alta consecutiva dos preços do petróleo e após novas declarações "dovish" do presidente do Fed, Jerome Powell. Ontem, ele reafirmou que a instituição será "paciente" em relação a novos aumentos de juros este ano nos Estados Unidos. Internamente, persiste um bom humor com a previsão de envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso no início de fevereiro, segundo operadores do mercado. Às 9h46 desta sexta, o DI para janeiro de 2020 marcava 6,63%, de 6,65% no ajuste de quinta-feira, 10. O DI para janeiro de 2021 recuava a 7,43%, de 7,46%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava a 8,45%, de 8,48% no ajuste da véspera. Já o DI para janeiro de 2025 estava em 8,94%, igual ao ajuste anterior. O dólar à vista perdia 0,22% no mesmo horário, a R$ 3,6995 e o dólar futuro de fevereiro caía 0,34%, a R$ 3,7030.