Jornal Correio Braziliense

Economia

Equipe econômica quer fechar proposta de reforma da Previdência esta semana

Paulo Guedes, Onyx Lorenzoni e técnicos se reúnem nesta terça-feira para acertar detalhes como idade mínima e transição. A ideia é apresentar texto a Bolsonaro até a segunda-feira

A equipe econômica do governo está reunida desde as 17h30 desta terça-feira (8/1), no Ministério da Economia, para tentar fechar o texto da reforma da Previdência. A ideia é chegar a um consenso sobre pontos como idade mínima e transição e apresentar uma proposta ao presidente Jair Bolsonaro até a próxima segunda-feira (14/1).

Participam do encontro o ministro da pasta, Paulo Guedes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, além dos técnicos que trabalham na elaboração do texto. "Concluídas as nossas análises de hoje, muito provavelmente no inicio da próxima semana, vai ser apresentada ao presidente da República ", disse Lorenzoni.

A ideia é que Bolsonaro possa avaliar o projeto antes da viagem a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, que ocorre entre 22 e 25 de janeiro. "Para que ele, então, possa fazer a escolha dos caminhos", acrescentou Lorenzoni. Em seguida, será discutida a estratégia de apresentação para o Congresso, que volta de recesso na primeira semana de fevereiro.

Bolsonaro já falou em idade mínima
Até agora, o texto continua indefinido, disse o ministro. "Está tudo sendo discutido, está tudo em aberto, as equipes vão apresentar hoje e hoje nos vamos fazer uma reflexão sobre isso. Vamos, até sexta-feira, preparar para que até a próxima semana possa apresentar ao presidente", garantiu.

Quando foi perguntado se a idade mínima para aposentadoria será, de fato, de 57/62, como afirmou Bolsonaro na semana passada, Lorenzoni voltou a dizer que o presidente queria, na verdade, "mostrar que a gente vai construir uma proposta muito humana, respeitando direito das pessoas, mas dando condição de o Brasil buscar o equilíbrio fiscal".

O ministro também sinalizou que a equipe deve discutir a ideia de criar um sistema de capitalização no país, em alternativa ao atual, de repartição. A proposta é que, em vez de os contribuintes da ativa pagarem os benefícios de quem está aposentado atualmente, passem a fazer uma espécie de poupança para a própria aposentadoria. "Não é correto que a gente coloque nossos filhos e netos em um sistema que já tem dificuldade em nos manter", comentou.