Os mercados acionários da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quinta-feira, 3, à medida que o corte na expectativa de resultados da Apple reforçou a perspectiva de desaceleração global e impactos negativos da guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo. Diante do cenário, o índice Stoxx-600 registrou queda de 0,97%, aos 333,94 pontos.
O FTSE 100, de Londres, fechou em queda de 0,62%, aos 6.692,66 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuou 1,55%, aos 10.416,66 pontos. Já em Paris, o CAC 40 caiu 1,66%, para 4.611,48 pontos, e em Milão o FTSE MIB cedeu 0,61%, a 18.218,40 pontos. O Ibex 35, por sua vez, registrou perda de 0,31%, a 8.523,30 pontos. A exceção foi a bolsa de Lisboa, onde o PSI 20 subiu 0,11%, para 4.746,06 pontos.
Renovados temores com a economia chinesa e global vieram por meio do anúncio de ontem, da Apple, de que a companhia revisou para baixo sua previsão de receita para o primeiro trimestre fiscal. Em uma carta aos acionistas, o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, citou em grande parte uma queda na China, mencionando a guerra comercial que o presidente americano, Donald Trump, está travando contra o país, além de outras questões.
A tensão atingiu ações do setor financeiro nos principais mercados europeus. Na Itália, as ações do Banco BPM recuaram 1,48%, enquanto as do Intesa Sanpaolo caíram 0,26%. Em Londres, o papel do Royal Bank of Scotland mostrou perda de 1,62% e o do Barclays cedeu 0,28%.
As bolsas europeias chegaram a mostrar algum fôlego, porém, com uma tentativa de recuperação do petróleo. Mas o movimento nos contratos futuros do óleo não chegou a se sustentar, diante de mais um sinal negativo, desta vez dos Estados Unidos. O índice de atividade industrial do país medido pelo Instituto para a Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de forma mais acentuada do que o esperado e reforçou as preocupações com a atividade global. Para analistas da Capital Economics, o resultado "sugere que a desaceleração do crescimento global está começando a afetar a economia dos EUA".