Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY devem abrir em queda, pressionadas por projeção de vendas da Apple

A Apple informou que venderá menos que o esperado no primeiro trimestre, diante da desaceleração na economia chinesa

As bolsas de Nova York devem iniciar o dia em baixas consideráveis, apontam os índices futuros, influenciadas pelo alerta da Apple que deve vender menos do esperado até então, diante da desaceleração econômica da China. A notícia reverbera negativamente em papéis do setor de tecnologia, com investidores de olho também em indicadores previstos.

Às 12h10 (de Brasília), o Dow Jones futuro caía 1,03%, o Nasdaq recuava 1,73% e o S 500 tinha baixa de 0,96%.

Depois do fechamento de quarta0-feira (2/1), a Apple informou que venderá menos que o esperado no primeiro trimestre, diante da desaceleração na economia chinesa. Em carta aos acionistas, o comando da empresa previu vendas de cerca de US$ 84 bilhões, quando antes projetava US$ 89 bilhões. No pré-mercado, a ação da Apple recuava 8,98%. Após a notícia, o Bank of America cortou sua previsão para o preço do papel de US$ 220 para US$ 196. No fechamento de ontem, ela estava em US$ 157,92. No setor de tecnologia, Microsoft cedia 1,81% no pré-mercado e Netflix tinha baixa de 1,92%.

Na agenda de indicadores, o ADP informou que foram gerados nos EUA 271 mil vagas no setor privado em dezembro, bem acima da expectativa de 178 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O dado é considerado uma prévia do relatório mensal de criação de vagas (payroll) oficial, que sai nesta sexta-feira.

Depois da abertura, haverá ainda divulgação do índice das condições empresariais de Nova York (12h45) e do índice de atividade industrial dos EUA (13h) pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), bem como o dado de investimentos em construção no país (também às 13h).

No setor corporativo, a ação da farmacêutica Bristol-Myers recuava 15% no pré-mercado, após a companhia informar que fechou a compra da Celgene, cuja ação avançava 32%. O negócio deve ficar em cerca de US$ 74 bilhões, envolvendo dinheiro e a troca de ações. Diretor-executivo da Bristol-Myers, Giovanni Caforio continuará no comando da empresa, segundo o comunicado. A Bristol-Myers ainda informou que espera lucro ajustado por ação entre US$ 4,10 e US$ 4,20 neste ano, acima dos US$ 4,09 projetados até então pelo mercado, segundo a FactSet. (com informações da Dow Jones Newswires)