O novo ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse nesta quarta-feira, 2, que pretende ampliar a oferta de projetos de transporte, mobilidade e logística no programa de Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
"O PPI é um programa que tem capacidade técnica muito boa, uma história de resultados excelente nos últimos trinta meses, confiabilidade, e nós vamos incrementar, adicionando novos projetos na lista de ofertas ao investidor privado. De imediato pretendo pedir à equipe técnica para selecionar o que é estratégico para o País, dar um trato técnico para engrossar esse bolo de ofertas", disse o ministro, ao participar da transmissão de cargo no Ministério da Defesa, em evento no Clube do Exército.
No governo Bolsonaro, a pasta de Santos Cruz deve ser uma das mais fortes do Palácio do Planalto, gerenciando também a Secretaria de Comunicação Social e as emendas parlamentares.
O ministro disse que ainda aguarda orientações do presidente sobre como tratar da liberação do empenho e pagamento das emendas e com que critérios na estratégia de aprovação da reforma da Previdência. Historicamente, as emendas têm sido usadas pelo Planalto como forma de agradar a parlamentares e vinculadas à votação de pautas no Congresso. Parte delas, porém, são de pagamento impositivo pelo governo.
"Esse assunto ainda vai receber orientação do presidente Bolsonaro. Não tenho condições de falar agora acerca da reforma", disse Santos Cruz.
O secretário de Governo disse que vai seguir as normas do orçamento impositivo e prometeu atender todos os parlamentares: "Todos serão atendidos nas suas necessidades. Tem coisas que são impositivas, não são discricionárias".
O ministro confirmou que as demissões de ocupantes de cargos comissionados começaram nesta quarta-feira, mas disse que não tem ideia de quantos serão cortados: "Não tem nada a ver com ideologia. Se você colocar ideologia fica cego para analisar qualquer assunto. É simplesmente uma questão natural de confiança e conhecimento sobre a pessoa".
Ele também afirmou que a transferência da responsabilidade da demarcação de terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura foi por critérios técnicos. "É uma questão técnica só, não tem problema nenhum. Temos que ver o resultado. Você faz arrumações para ficar melhor", afirmou.