Impulsionado principalmente pelo bom humor no exterior, o Ibovespa fechou em alta a última sessão do ano, com ganhos de 2,84%, aos 87.887,26 pontos, nesta sexta-feira, 28. Com isso, terminou 2018 com valorização acumulada de 15,03%, na contramão dos principais índices do mundo e de outras economias emergentes, que encerraram o ano em baixa.
O otimismo com os ativos brasileiros em 2018 foi alimentado em maior parte pela vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República, que deixou o mercado mais animado com a possibilidade de o governo realizar medidas de ajuste fiscal, como a tão aguardada reforma da Previdência.
Na primeira metade do ano, a expectativa de recuperação mais rápida da economia este ano também ajudou, mas a greve dos caminhoneiros em maio acabou esfriando a atividade.
Sem o mesmo vigor da Bolsa de São Paulo, mercados como o de Frankfurt e Milão terminaram o ano com quedas de 18,26% e 16,15%, respectivamente. Vários mercados ainda vão operar na segunda-feira, como os de Nova York e outros da Europa, mas todos acumulam perdas no ano. Tóquio e Xangai, que já encerraram o ano, fecharam com recuos de 12,08% e 24,59%, respectivamente.
Se o Ibovespa caminhou na direção oposta aos dos principais mercados do mundo em 2018, na sessão desta sexta contou com a ajuda deles para fechar em alta o último pregão antes de 2019. Nos Estados Unidos, ainda repercutem resultados positivos de consumo no fim do ano, que exercem pressão de alta em papéis de varejistas.
Além disso, segundo analistas, os ganhos desta sexta em São Paulo também refletem um movimento de correção do Ibovespa em relação a perdas registradas ao longo da semana. O principal índice da Bolsa caiu 0,65% na quarta-feira, em ajuste à forte queda dos índices norte-americanos na segunda-feira, e subiu 0,38% na quinta.