Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 15,602 bilhões em novembro, informou nesta sexta-feira, 28, o Banco Central (BC).
Trata-se do pior resultado para meses de novembro desde 2016, quando houve déficit de R$ 39,140 bilhões. Em outubro, havia sido registrado superávit de R$ 7,798 bilhões e, em novembro de 2017, um déficit de R$ 909,18 milhões.
O resultado primário consolidado do mês passado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de déficit de R$ 21,000 bilhões a superávit de R$ 3,000 bilhões. A mediana estava negativa em R$ 14,788 bilhões.
O resultado fiscal de novembro foi composto por um déficit de R$ 17,073 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 2,008 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 2,431 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 423 milhões. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 537 milhões.
Em 12 meses
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 99,447 bilhões em 12 meses até novembro, o equivalente a 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central.
A meta de déficit primário do setor público consolidado considerada pelo governo é de R$ 161,3 bilhões para 2018.
O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em novembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 105,581 bilhões do Governo Central (1,54% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 3,187 bilhões (0,05% do PIB) em 12 meses até novembro.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 3,700 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 513 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 2,947 bilhões no período.