O leilão de empreendimentos de transmissão que se realiza nesta quinta-feira, 20, na B3, resultou, até o momento, em um deságio médio de 51,82%, com a concessão de oito dos 16 lotes previstos, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O certame foi interrompido por 1h30 minutos para almoço dos presentes.
Segundo a agência reguladora, considerando a receita máxima estimada para os oito lotes, de R$ 26,528 bilhões, e a receita a ser recebida pelas vencedoras do certame, considerando seus lances vitoriosos, haverá uma economia para o consumidor da ordem de R$ 13,747 bilhões.
Até o momento, o leilão resultou na contratação de projetos que somam investimentos de R$ 6,442 bilhões, o correspondente a 49% do total a ser ofertado hoje. A maior parte desses investimentos foi assumida pela Neoenergia, que arrematou três dos oito lotes e se comprometeu com desembolsos que somam R$ 4,8 bilhões.
Além de ficar com a maior parcela dos projetos até agora, a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, também foi o responsável por um dos maiores deságios observados, de 57,09% pelo Lote 1, para uma RAP definido em R$ 194 milhões, lance que influenciou numa média final elevada. Este é o maior lote de todo o certame, com investimento estimado em R$ 2,79 bilhões.
Outro grupo que ofereceu deságio significativo foi a CPFL Geração de Energia, que fez um lance com desconto de 57,15% pelo Lote 5, assumindo um investimento de R$ 366 milhões por um RAP de R$ 26,38 milhões.
Além delas, também conquistaram lotes nesta primeira etapa de leilão Energisa (Lote 4, com deságio de 45,84%), Zopone Engenharia (Lote 7, com deságio de 53,50%) e os consórcios EMTEP - formado pelas empresas Jaac Materiais e Serviços de Engenharia (80%) e EMTEP Serviços Técnicos de Petróleo (20%) -, que ficou com o Lote 6 ao ofertar deságio de 49%, e o Consórcio I.G. Transmissão e ESS Energias (formado por I.G. Transmissão e Distribuição de Energia, com 90%, e ESS Energias Renováveis, com 10%), que arrematou o Lote 8, com um deságio de 46,26%.