Jornal Correio Braziliense

Economia

Para presidente da CNI, país voltará a atrair investimentos em 2019

Declaração de Robson Andrade foi dada no Correio Debate desta segunda-feira, no auditório do Correio Braziliense. Ele demonstrou otimismo com a agenda liberal do novo governo, afirmando que os empresários devem voltar a investir


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, demonstrou otimismo na recuperação dos investimentos no país com o próximo governo. Segundo ele, a confiança do empresário e do consumidor deve voltar a crescer a partir do próximo ano, com a implementação da agenda mais liberal na aérea econômica do novo governo, com menor burocracia tributária. As declarações foram dadas na abertura do Correio Debate: a importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil, nesta segunda-feira (17/12), no auditório do Correio Braziliense.

[SAIBAMAIS] "O próximo ano será um ano difícil, de arrumar a casa. Todos temos a expectativa de que o país vai mudar e vamos ter mais oportunidade de investimento, e atrair empresas para o Brasil", afirmou Andrade. Segundo ele, se as mudanças esperadas forem feitas, o novo governo deve melhorar a competitividade e a produtividade da indústria brasileira. Para ele, o país precisa voltar a atrair investimentos das empresas internacionais, principalmente, em centros de desenvolvimento no Brasil.

"Temos uma expectativa muito grande de crescimento e desenvolvimento do Brasil, não só da indústria, mas também em outros setores", afirmou. "A melhora na expectativa de empresários e de consumidores certamente vai fazer com que a indústria possa implantar novos investimentos e projetos que possam fazer o país voltar a crescer", destacou o presidente da confederação, lembrando que a competitividade está relacionada com legislações mais adequadas, sem sobreposições de função e tributos que acabam sendo motivos da baixa produtividade nacional.
Andrade elogiou a fala do futuro secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Costa defendeu medidas para reduzir a burocracia tributária de forma a fazer com que o governo "atrapalhe menos" os processos produtivos. "Pode ter certeza que vamos ajudar o novo governo e investir mais", garantiu o presidente da CNI, destacando que o governo atual vem adotando a agenda de produtividade desenvolvida pela entidade e operado pelo Senai como um projeto de governo. "Esse projeto tem ajudado o aumento da produtividade de pequena e média empresas em 30% a 40% apenas com mudanças de processos", explicou.

O presidente da CNI adiantou que a entidade acaba de assinar um acordo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, para fazer uma plataforma aberta de sistemas de inovação e de automação. Ele lembrou, ainda, que esse tipo de parceria vem sendo alavancada com a política de liberação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é a implantação de um instituto de educação e tecnologia do Senai, que também recebeu recursos próprios da CNI, e está concluindo a implementação de 28 institutos no país, em parceria com universidades estrangeiras. Andrade destacou que o Senai foi apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a melhor instituição de ensino técnico da América Latina.