As taxas de juros do cartão de crédito para pessoa física registraram queda de 3,4 ponto percentual em outubro na comparação com setembro. Voltaram a subir em outubro e saltaram 15,7 ponto percentual em outubro na comparação com setembro, para 210,5% ao ano no rotativo, conforme dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (28/11). Fernando Rocha, chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, minimizou esse aumento, porque informou que o volume dessa modalidade é baixo, ;em torno de R$ 2 bilhões;.
A média do custo do crédito para pessoas físicas ficou estável entre outubro e setembro, com taxa de 45,7% ao ano, conforme os dados do BC. Contudo, os juros do cheque especial tiveram leve queda no mesmo período, passando de 301,4% ao ano para 300,4% anuais, ainda em patamares elevadíssimos em relação ao mercado global.
Vale lembrar que a taxa básica de juros (Selic), está no menor patamar da história, de 6,5% ao ano, e para a inadimplência total para o sistema financeiro, que ficou estável em 3% em outubro, assim como a taxa de calotes no segmento de recursos livres, que manteve os 4,1% de setembro. O spred bancário, que inclui a margem de lucro dos bancos, também cresceu no mês passado, com alta de 1,8% na media entre setembro e outubro, para 18%.
Esse quadro, no entanto, não é tão animador como mostrou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que fez um balaço positivo da agenda BC%2b, na manhã de hoje, avaliando que estava havendo uma redução do custo do crédito para o consumidor nos últimos dois anos, mas ele usou dados até setembro.
O volume total de crédito no mercado financeiro registrou queda de 0,2% em outubro na comparação com o mês anterior, totalizando R$ 3,164 trilhões, mas acumula alta de 1,3% no ano. Segundo o BC, essa queda foi resultado a valorização cambial de 7,1% na carteira de pessoas jurídicas, com de R$ 8,1 bilhões. A participação total do crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), se comparada vem registrando queda desde agosto e fechou outubro em 46,3%, uma queda de 0,3% no mês e de 0,8% no ano.