Empresas que tiverem títulos certificados como verdes terão a possibilidade de identificação do título pela B3, dando maior visibilidade as companhias com agenda sustentável.
"Como costumamos dizer, sustentabilidade é negócio e deve ser atrelada a oportunidades e riscos. Com essa iniciativa, oferecemos ao mercado brasileiro a oportunidade de identificar esses títulos, atraindo investidores interessados em diversificar seus portfólios, com títulos atrelados à responsabilidade socioambiental", afirma Sonia Favaretto, diretora de Comunicação, Imprensa, Sustentabilidade e Investimento Social, em nota distribuída.
São considerados títulos verdes os papéis de dívida usados para captar recursos com o objetivo de implantar ou refinanciar projetos e compra de ativos capazes de trazer benefícios ao meio ambiente ou ainda contribuir para amenizar os efeitos das mudanças climáticas. Entre os títulos que se enquadram nesses parâmetros estão debêntures, debêntures de infraestrutura, Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
O Brasil já emitiu US$ 11,3 bilhões em títulos alinhados ao clima e os verdes respondem por US$ 4,1 bilhões, de acordo com dados do Climate Bonds Initiative, que tem trabalhado junto a autoridades brasileiras e o setor privado há anos na tese dos Green Bonds.
"Esse é o primeiro passo que damos para entender esse mercado e sentir o apetite do investidor brasileiro para os Green Bonds", finaliza Fabio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão, Commodities e Novos Negócios da B3.