A Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest), do Ministério do Planejamento, elencou 25 companhias federais com Nível 1 na gestão corporativa entre 54 avaliadas. São elas: Amazul, BASA, Banco do Brasil, BB DVTM, BB Seguridade, BNB, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), BR Distribuidora, Caixa Econômica Federal (CEF), CBTU, Ceitec, Casa da Moeda (CMB), Codesa, Conab, EBC, Correios, Eletrobras, Eletrosul, Emgea, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Finep, Infraero, Petrobras, Serpro e Transpetro.
Essa é a avaliação máxima do IG-Sest, que comprova a melhor transparência das estatais para as informações relevantes aos acionistas e aos controladores e melhor qualidade de gestão. A lista foi apresentada nesta sexta-feira (23/11) pela Sest. Apenas seis empresas tiveram nota máxima na avaliação realizada pela Sest: Banco do Brasil, BB DTVM, BB Seguridade, Eletrobras Emgea e Petrobras. Segundo o Planejamento, houve uma melhora de 70% na média geral das pontuações em relação às avaliações anteriores. De acordo com o secretário Fernando Soares, da Sest, os Níveis 1 e 2 passaram a ter um viés de efetividade, incluindo boas práticas de governança para as estatais federais.
Outras 22 estatais foram classificadas com o selo de governança Nível 2 da Sest: ABGF, Caixa Participações, CDP, Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Chesf, Companhia Docas da Bahia (Codeba), Codesp, Codevasf, CPRM, Dataprev, EBSerh, Emgepron, EPL, GHC, HPCA, Hemobras, Imbel, Nuclep, PPSA, Telebras, Transurb e Valec. Cinco companhias receberam o selo de governança Nível 3: CDC, Ceagesp, Codern , Embrapa e INB. E apenas duas tiveram selo Nível 4: Casemg e Ceasaminas.
Esse é o terceiro ciclo do IG-Sest. Nos anteriores, o órgão buscou avaliar a adequação das empresas à nova lei das estatais, Lei 13.303/2016, avaliando o funcionamento da estrutura de governança. Nesse novo ciclo, a avaliação também focou no funcionamento efetivo das estruturas implementadas com a exigência da comprovação da atuação dos conselhos, comitês e diretorias previstas na lei.
Na avaliação de Soares, a secretaria está entregando ferramentas que vão ajudar o próximo governo a reestruturar e privatizar empresas estatais. ;O material está sendo produzido pelo governo como um todo para a equipe de transição. Do lado da Sest, o que podemos dizer é que o Brasil melhorou muito nesses dois anos de meio (do governo Michel Temer) e vamos tentar fazer a melhor transição possível;, destacou. Ao ser questionado se foi convidado para continuar no próximo governo, Soares apenas disse que ;continuará como o servidor de carreira do Planejamento; a partir de 1; de janeiro de 2019.
No entanto, as apostas de economistas do mercado são de que tanto Soares quanto o titular do Planejamento, Esteves Colnago, integrem a equipe liderada pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. ;Há vários bons nomes que estão sendo divulgados, mas ainda faltam pessoas que entendam o funcionamento da máquina pública e Soares e Colnago seriam bons ativos para esse grupo;, apostou Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.