Com a queda de 0,3% em setembro ante agosto, o volume de serviços prestados no País passou a operar 11,7% abaixo do ponto mais alto já registrado na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), alcançado em novembro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Esse resultado de setembro de alguma forma encerra o período de grande volatilidade observada no setor de serviços, provocada pela greve de caminhoneiros desde o mês de maio", ressaltou Rodrigo Lobo, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Passada a turbulência, o setor se estabilizou ali no patamar pré-greve, que é o nível de abril. O volume está 0,2% acima de abril, que é o mês pré-greve", completou.
Na comparação com setembro de 2017, os serviços cresceram 0,5%, puxados pelo segmento de informação e comunicação (2,2%) e pelo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,6%). Houve crescimento também nos serviços prestados às famílias (0,4%).
Por outro lado, os serviços profissionais, administrativos e complementares encolheram 2,3%, enquanto o segmento de outros serviços caiu 4,0%.
Segundo Lobo, há alguns sinais de recuperação no setor, mas o crescimento ainda é relativamente concentrado, alcançando menos da metade dos subsetores pesquisados.
O índice de difusão de serviços - que mede a proporção dos 166 segmentos investigados com avanço no volume prestado - diminuiu de 47% em agosto para 41% em setembro.
O pesquisador vê sinais favoráveis para outubro, com indicadores antecedentes indicando melhora no índice de confiança do empresário de serviços, tanto pela avaliação da situação atual quanto pelas expectativas, além do aumento no fluxo de veículos em rodovias com pedágios.