A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores que não integram o grupo, conhecidos coletivamente como Opep+, terão de cortar sua produção combinada em 1 milhão de barris por dia se os atuais níveis de oferta e demanda persistirem, afirmou hoje o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih. Segundo o ministro, a Opep+ precisa fazer o que for necessário para equilibrar o mercado de petróleo.
Falih também comentou que, nos círculos políticos, não há "discussão de forma alguma" sobre a possibilidade de se eliminar a Opep, como se especulou recentemente.
Ontem, representantes da Opep+ se reuniram em Abu Dabi para discutir a necessidade de se cortar a oferta em cerca de 1 milhão de barris em 2019. Espera-se que uma decisão final sobre o assunto seja tomada em encontro da Opep previsto para o próximo mês. Também no domingo, Falih disse que a Arábia Saudita planeja cortar sua produção em 500 mil barris por dia em dezembro.
Separadamente, o presidente da Opep, Suhail Al Mazroui, disse hoje que os produtores não irão gerar uma situação de oferta excessiva, a menos que haja necessidade. Já o secretário-geral da entidade, Mohammad Barkindo, previu que 2019 será indubitavelmente um ano difícil.
Embora se mantenha em território positivo, o petróleo está subindo menos do que nos negócios da madrugada. Às 8h44 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para janeiro avançava 1,30% na ICE, a US$ 71,10 por barril, enquanto o WTI para dezembro tinha alta de 0,76% na Nymex, a US$ 60,65 por barril. Com informações da Dow Jones Newswires.