A recuperação do dólar na manhã desta quinta-feira, 8, no exterior conduziu a abertura em leve alta ante o real. Em seguida, a moeda oscilou perto da estabilidade, ora em baixa, ora em alta no mercado à vista, e recuava por volta das 9h25. A queda local reflete um fluxo de venda de exportadores, disse um operador de câmbio.
A demanda pela divisa americana é retomada lá fora, após comentários apaziguadores do presidente dos EUA, Donald Trump, e da líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. Como indicavam as pesquisas de opinião, o Partido Republicano, de Trump, manteve o comando no Senado, mas os democratas reconquistaram o controle da Câmara.
Apesar da disputa comercial de Pequim com os EUA, os números da balança comercial chinesa foram surpreendentemente sólidos em outubro e estariam ajudando também a limitar as perdas de moedas emergentes nesta manhã, acrescentou o mesmo profissional.
As exportações da China subiram 15,6% na comparação anual, enquanto as importações saltaram 21,4%. Analistas previam ganhos anuais de 11% e 13% nas exportações e importações, respectivamente.
O superávit comercial chinês aumentou de US$ 31,7 bilhões em setembro para US$ 34,01 bilhões em outubro. Já o superávit comercial do país com os Estados Unidos diminuiu para US$ 31,8 bilhões em outubro, depois de ter atingido o recorde de US$ 34,1 bilhões em setembro.
No radar global está ainda a decisão de juros do Federal Reserve (BC americano) à tarde (17h). Na quarta-feira, 7, a moeda americana recuou lá fora e aqui com a percepção de analistas de que com um Congresso americano dividido deve diminuir o espaço para mais flexibilização fiscal nos EUA, o que poderia reduzir o aperto monetário no país.
Às 9h27 desta quinta-feira, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 3,7357. O dólar futuro de dezembro subia 0,08%, a R$ 3,7405. Em Nova York, o índice do dólar subia 0,36% neste mesmo horário.