Rodolfo Costa
postado em 07/11/2018 16:48
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente Michel Temer (MDB) acertaram os detalhes para assegurar a aprovação de projetos de interesse do próximo chefe do Executivo federal. Em reunião no Palácio do Planalto, a reforma da Previdência foi um tema central debatido entre ambos nesta quarta-feira (7/11). A pauta vinha sendo comentada pelo pesselista nos últimos dias, que se mostrou favorável a votar ao menos parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
[SAIBAMAIS]Não apenas a reforma da Previdência deve ser apreciada. Temer disse que o governo está disposto a colaborar ;intensamente; pela aprovação de projetos de interesse de Bolsonaro que estejam em andamento na Câmara e no Senado. ;Não apenas colaboração formal, mas verdadeira. Mediremos todos os esforços para essas aprovações;, garantiu. Os dois presidentes não comentaram abertamente sobre a Previdência, mas interlocutores do emedebista afirmam que o assunto entrou em pauta.
A busca pelo apoio tem por intuito aproveitar a governabilidade que ainda resta a Temer para garantir uma boa transição, explicou Bolsonaro. ;De modo que os projetos de interesse do nosso Brasil continuem fluindo dentro da normalidade;, destacou. O pesselista disse, ainda, que pretende procurar Temer mais vezes até o fim do ano para, juntos, tocar os projetos de interesse.
O presidente eleito demonstrou humildade e sugeriu que pode manter diálogos com Temer na gestão que se inicia em 1; de janeiro de 2019. Disse que, ;sem querer antecipar nada; e, ;se preciso for;, voltará a pedir que o emedebista o atenda. ;O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela Presidência. O gesto gerou reciprocidade de Temer.
O emedebista convidou Bolsonaro para uma viagem à cúpula do G-20, em Buenos Aires, que será realizada entre 30 de novembro e 1; de dezembro. ;Caso queira, podemos ir juntos para o exterior;, declarou Temer. O presidente entregou ao sucessor um livro contendo o balanço do governo, o Plano Plurianual para os próximos 12 anos, as chaves do escritório no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e um arquivo contendo todos os dados do governo, o chamado Sistema Governa.