O Banco Central afirmou nesta terça-feira, 6, na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que a conjuntura econômica atual "ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural".
Conforme o BC, embora as estimativas desta taxa "envolvam elevado grau de incerteza, os membros do comitê manifestaram entendimento de que as atuais taxas de juros reais ex-ante têm efeito estimulativo sobre a economia".
Em outro trecho da ata da reunião da semana passada, o Copom reforçou que o grau adequado de estímulo à economia "depende das condições da conjuntura, em particular, das expectativas de inflação, da capacidade ociosa na economia, do balanço de riscos e das projeções de inflação". "Em especial, a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas", acrescentou o BC.
Ao mesmo tempo, o BC repetiu, na ata, uma ideia contida em suas comunicações mais recentes: a de que o estímulo deve ser removido gradualmente "caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora".
Taxa estrutural
O BC também utilizou a ata para reafirmar a importância da continuidade das reformas econômicas, o que é essencial para a queda da taxa de juros estrutural da economia - aquele em que, em tese, permite crescimento sem gerar inflação.
De acordo com a instituição, as estimativas da taxa estrutural "serão continuamente reavaliadas pelo comitê".