Os juros futuros fecharam com taxas em queda no curto prazo e estáveis nos vencimentos longos, numa segunda-feira, 5, de volume contido. A perspectiva de manutenção da Selic estável por muito tempo no patamar de 6,50% dá tranquilidade aos vencimentos de curto e médio prazos, enquanto os longos acusaram, de forma moderada, a pressão nesta segunda no câmbio doméstico. De maneira geral, o compasso de espera pelo início da transição de governo, com possíveis medidas e nomes da equipe econômica, inibiu a montagem de grandes posições.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou com taxa de 7,13%, de 7,183% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 passou de 8,13% para 8,08%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou estável em 9,21% e a do DI para janeiro de 2025 ficou em 9,74%, de 9,732%.
"Há algumas incógnitas que seguram qualquer rali no mercado de juros, como os nomes ligados à economia, quais serão as reformas de curto prazo e prioridades do novo governo", afirmou o estrategista da BGC, Juliano Ferreira.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem na mesa três pacotes tributários que poderão ser adotados no próximo governo. De acordo com fontes, os pacotes se dividem em substituição de impostos federais por um imposto sobre movimentação financeira, criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e simplificação tributária.
A transição de governo começa nos próximos dias. Bolsonaro viaja na terça-feira a Brasília acompanhado de alguns de seus principais assessores para participar de uma sessão no Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição de 1988. Na quarta-feira, terá encontro com o presidente Michel Temer.
Já o futuro ministro da Economia, o economista Paulo Guedes, terá na quarta-feira, a primeira reunião com a equipe de transição que cuidará dos temas econômicos. Segundo apurou o Broadcast, a reunião está marcada para as 9 horas, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde foi instalada a estrutura para a transição.
Nos demais ativos, o dólar à vista subia 0,57%, aos R$ 3,7189, e o Ibovespa se sustentava acima dos 89 mil pontos, o que, se confirmado até o fim do dia, renovará o recorde de fechamento do índice. Às 16h37, o Ibovespa tinha 89.360,72 pontos (+1,07%).