Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com foco em balanços e dados

As bolsas europeias fecharam sem sinal único, nesta terça-feira, 30, em jornada marcada pela atenção dos investidores em resultados corporativos e também em indicadores. Além disso, questões como a tensão comercial entre Estados Unidos e a China e as negociações entre Reino Unido e União Europeia para a saída do país do bloco, o Brexit, seguiram no radar, embora sem grandes novidades. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,01%, em 355,53 pontos. Entre as corporações em foco, Fiat recuou 3,22% na bolsa de Milão, após registrar queda em seu lucro líquido no terceiro trimestre, em parte por causa de um custo com um acordo nos Estados Unidos em um episódio de acusação de falsificação de testes de emissão de poluentes em veículos a diesel. Em Paris, o papel do BNP Paribas caiu 2,80%, após o banco francês registrar queda na receita. A petroleira BP, por outro lado, subiu 2,02% em Londres, depois de publicar resultados fortes, apoiados pelo avanço do preço do petróleo. Volkswagen teve ganho de 3,03% em Frankfurt, após também conseguir um aumento no lucro no terceiro trimestre. Na agenda de indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália ficou estável no terceiro trimestre ante o segundo, com avanço anual de 0,8%, frustrando a expectativa dos analistas de altas de 0,5% e 1,5%, respectivamente. Na França, o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, com avanço anual de 2,1%, ante expectativas de ganho de 0,5% e 1,4%. Na zona do euro, o PIB cresceu 0,2% no trimestre e 1,7% na comparação anual, também abaixo das expectativas de altas de 0,5% e 2,5%, respectivamente. O índice de sentimento da região caiu de 110,9 em setembro a 109,8 em outubro, ante expectativa de 110,0 dos economistas. Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro ante setembro e avançou 2,5% na comparação anual, ante expectativas de queda mensal de 0,2% e alta anual de 2,1%. Os indicadores enfraqueceram o euro, o que ajudou a apoiar algumas ações de exportadoras da região da moeda comum. Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,14%, em 7.035,85 pontos. Entre os bancos, Lloyds caiu 0,63% e Barclays, 1,76%, mas Oilex subiu 5,77% e Sunrise Resources ganhou 13,79%. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,42%, a 11.287,39 pontos. Entre os papéis mais negociados, Lufthansa caiu 8,10%, após balanço que frustrou analistas, e Deutsche Telekom subiu 1,20%. O índice CAC-40, da bolsa de Paris, teve baixa de 0,22%, a 4.978,53 pontos. O papel da Airbus caiu 2,01%, enquanto a petroleira Total cedeu 0,47%, mas a ação da Air France-KLM subiu 1,05%. Em Milão, o FTSE-MIB fechou em queda de 0,22%, em 18.998,80 pontos. No setor bancário italiano, Banca Carige ficou estável, Intesa Sanpaolo cedeu 0,23% e BPM teve alta de 1,66%. O papel da Telecoma Italia, por sua vez, subiu 2,02%, enquanto ENI avançou 0,16% no setor de energia. Já Saipem recuou 0,32%. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX-35 caiu 0,17%, a 8.806,10 pontos. Banco Santander recuou 0,36% e BBVA teve baixa de 3,14%, mas Abengoa se destacou, em alta de 20,69%. Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou com ganho de 1,10%, em 5.006,86 pontos. Entre as ações da praça local, EDP-Energias de Portugal subiu 0,71%. Banco Comercial Português teve alta de 4,00%. (Com informações da Dow Jones Newswires)