Paula Pacheco/Estado de Minas
postado em 30/10/2018 06:00
São Paulo ; O brasileiro tem medo. Medo de fraude a partir de uma operação de internet banking e de se sentir sob ameaça de sofrer algum tipo de risco nas redes sociais. Esse receio é maior no mundo virtual do que na vida real, como mostra a pesquisa que será divulgada hoje pela multinacional Unisys. Os dados foram colhidos on-line, entre 19 de agosto e 3 de setembro. Fazem parte da coleta de informações Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Colômbia, Malásia, México, Holanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Filipinas.
Segundo o Unisys security index 2018, feito em 13 países, com 13.069 pessoas (cerca de 1 mil no Brasil), os brasileiros têm um alto nível de preocupação com a nova Lei Geral de Proteção de Dados ; 58% dos entrevistados dizem não estar confiantes de que a regulamentação servirá para proteger os dados mantidos por organizações. Apenas 9% se mostram confiantes quanto à nova legislação, sancionada em agosto. Ela obriga que tanto as organizações públicas quanto as privadas cumpram padrões de segurança para impedir o roubo, vazamento e venda não autorizada de dados pessoais.
Outra fonte de preocupação para os brasileiros é o risco de roubo de identidade e fraudes bancárias ; 76% e 75%, respectivamente. Já 67% dos entrevistados relataram que se sentem mais preocupados com a segurança pessoal, na rua. ;Muitas pessoas têm mais receio do uso de seus dados para fins criminais em redes sociais do que ser assaltada na rua. Isso mostra como as pessoas se relacionam com a tecnologia;, diz Eduardo Almeida, presidente da Unisys para a América Latina.
Os ataques de vírus ou ação de hackers atingem 67% dos brasileiros ouvidos no levantamento da Unisys. Já a segurança nacional afeta 51%, seguida por obrigações financeiras (50%) e desastres ou epidemias (48%).
Mundial
O estudo global mede o comportamento dos consumidores em uma ampla gama de questões relacionadas à segurança.Na média entre as nações incluídas, os entrevistados se mostraram mais alarmados com a perda de informações financeiras ou de identidade do que com os efeitos de possíveis guerras, terrorismo ou desastres naturais. Apesar de as preocupações com a segurança terem retraído em boa parte dos países desenvolvidos, apresentaram alta na Argentina e na Colômbia.