As bolsas de Nova York terminaram a sessão desta terça-feira, 2, sem sinal único, com o índice Dow Jones renovando recorde de fechamento apoiado pelas ações da Intel e da Apple, enquanto investidores monitoram com cautela a questão orçamentária na Itália.
O índice Dow Jones registrou alta de 0,46%, aos 26.773,94 pontos, mas o S 500 recuou 0,04%, aos 2.923,43 pontos, enquanto o Nasdaq cedeu 0,47%, aos 7.999,55 pontos.
Em meio ao clima de menor tensão em relação ao comércio global após o anúncio do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), investidores acompanharam durante o dia a divulgação das vendas de automóveis nos EUA. Enquanto as vendas da Fiat Chrysler (-0,61%) subiram 15% em setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, as da Ford (-1,29%) recuaram 11,3% no mesmo intervalo e as da General Motors (-2,63%) cederam 11,1% no terceiro trimestre, na comparação anual. "Devemos ver os custos de produzir um veículo subirem", aponta o economista sênior Charlie Chesbrough, da Cox Automotive, em meio às tarifas comerciais impostas por Washington e seus parceiros comerciais.
Ao mesmo tempo, o salto de 3,55% nas ações da Intel deu força ao Dow Jones, um dia depois que os papéis da empresa foram rebaixados de neutro para underweight (abaixo da média do mercado) pelo analista Blayne Curtis, do Barclays, que argumentou que há uma desaceleração de curto prazo nos mercados finais da companhia.
Também a alta nas ações da Apple (+0,89%) apoiou o Dow Jones, mas foi a exceção entre as techs, que recuaram de forma generalizada. As ações da Amazon (-1,65%) estão entre as com maior queda, depois que a companhia anunciou que vai elevar seu salário mínimo a US$ 15 por hora para todos os funcionários americanos.
Por outro lado, as ações da General Eletric (GE) registraram alta de 1,90% depois que seu presidente-executivo, John Flannery, foi substituído por Larry Culp no comando da empresa, por decisão unânime do conselho de administração da companhia, na última segunda-feira.
Investidores também acompanharam com cautela a discussão orçamentária na Itália, onde integrantes do governo criticaram a União Europeia (UE) e indicaram que pretendem manter o pacote fiscal que projeta déficit de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. A movimentação diante da questão no país deu impulso a ativos de segurança, que sugere uma saída daqueles mais arriscados. (Com informações da Dow Jones Newswires)