Há cinco pregões do primeiro turno das eleições, o Ibovespa recuava e, renovando mínimas na manhã desta segunda-feira, 1º de outubro, perdeu o nível dos 79 mil pontos. A aceleração para as perdas ocorreu principalmente após a abertura do mercado acionário dos Estados Unidos.
O movimento local é um sinal claro da cautela dos investidores por aqui em contraposição ao movimento altista dos principais índices negociados em Nova York, que vão embalados por notícias positivas sobre a questão comercial entre EUA, Canadá e México.
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Para Nicolas Balafas, operador de renda variável, a tendência para o mercado nesta semana é de alta do dólar e queda da Bolsa - muito embora o fluxo de estrangeiro possa ser o fiel da balança.
Os sinais externos eram positivos agora pela manhã. No horário acima, os índices em Nova York operavam em alta, com Dow Jones futuro avançando 0,60%.
O avanço ocorre em um dia no qual autoridades norte-americanas anunciarem na madrugada desta segunda-feira que EUA, Canadá e México chegaram a um acerto para a substituição do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
O novo pacto se chamará Acordo dos EUA, México e Canadá, ou USMCA (pela sigla em inglês). Nas últimas semanas, havia o temor de que o Canadá pudesse ser excluído do acordo.
Do outro lado do Atlântico, após a influência negativa da Itália sobre os mercados com o país apontando maior déficit fiscal no orçamento para o ano que vem, as bolsas acalmaram e operavam no azul há instantes.
Entre as commodities, as cotações dos contratos futuros de petróleo tinham alta, com 0,81% (Brent) e 0,59% (WTI). O minério de ferro fechou estável (0,0%) no porto de Qingdao, na China.
Numa semana de muitas pesquisas de intenção de voto, Balafas diz acreditar que os agentes de mercado podem estar apostando em uma moderação do candidato petista Fernando Haddad. "Não interessa a nenhum candidato assumir um governo com estresse no mercado, o dólar pressionado. Começa num clima muito ruim", nota.