Jornal Correio Braziliense

Economia

População desempregada soma 12,707 milhões de pessoas, revela IBGE

Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior

O país tinha 12,707 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em agosto deste ano. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há menos 407 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,1%. O total de ocupados cresceu 1,1% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,020 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 1,6%, 1,009 milhão de pessoas a mais nessa condição.

Como consequência, a taxa de desemprego passou de 12,6% no trimestre até agosto de 2017 para 12,1% no trimestre encerrado em agosto de 2018.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,1% no trimestre até agosto deste ano, ante 53,6% no trimestre até maio. No trimestre até agosto do ano passado, o nível de ocupação era de 54,0%.

Massa de salários


A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 5,031 bilhões no período de um ano, para R$ 199,852 bilhões, uma alta de 2,6% no trimestre encerrado em agosto de 2018 em relação ao mesmo período de 2017, puxada pelo aumento no número de pessoas trabalhando.

Na comparação com o trimestre terminado em maio deste ano, a massa de renda real subiu 1,3%, com R$ 2,510 bilhões a mais. No mesmo período, 1,195 milhão de postos de trabalho foram criados.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados ficou estável na comparação com o trimestre até maio, apenas R$ 1 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em agosto do ano passado, a renda média subiu 1,3%, para R$ 2.225, R$ 29 a mais que o salário de um ano antes.

O Brasil tinha 4,754 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto de 2018, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (28/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa 21 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em maio. Em um ano, porém, 555 mil pessoas a mais caíram no desalento.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O porcentual de pessoas desalentadas na população de 14 anos de idade ou mais na força de trabalho foi de 4,3% no trimestre encerrado em agosto, ante 4,4% no trimestre terminado em maio. No trimestre até agosto de 2017 o porcentual de desalentados era menor, de 3,9%.

Taxa de desemprego fica em 12,1%

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,1% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 12,0% e 12,5%, com mediana de 12,2%.

Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,6%. No trimestre encerrado em julho, o resultado ficou em 12,3%. No trimestre encerrado em maio, a taxa era de 12,7%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.225,00 no trimestre terminado em agosto. O resultado representa alta de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 199,852 bilhões no trimestre encerrado em agosto, uma elevação de 2,6% ante igual período do ano anterior.

Faltou trabalho para 27,506 milhões

Faltou trabalho para 27,506 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em agosto deste ano, contingente recorde de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,6% no trimestre até maio de 2018 para 24,4% no trimestre até agosto deste ano.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até agosto de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,0%.

Aberturas

A taxa de subocupação por insuficiência de horas ficou em 7,3% no trimestre até agosto de 2018, ante 7,0% no trimestre até maio, segundo o IBGE.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até maio para o trimestre até agosto, houve um aumento de 338 mil pessoas na população nessa condição. O País já tem 6,711 milhões de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.

Já a taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 18,5% no trimestre até agosto de 2018 ante 18,8% no trimestre até maio.

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior, somadas às pessoas que buscam emprego.

A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial - que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial) - foi de 18,4% no trimestre até agosto de 2018, o que representa 20,794 milhões de pessoas nessa condição. No trimestre até maio, essa taxa estava em 18,9%.