Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quarta-feira, 19, sem direção única, com o índice Dow Jones próximo de sua marca histórica de fechamento, apoiado por ações de grandes bancos, que subiram fortemente acompanhando o forte avanço nos rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,61%, aos 26.405,76 pontos; o S 500 avançou 0,13%, aos 2.907,56 pontos; e o Nasdaq teve baixa de 0,08%, aos 7.950,04 pontos.
O setor financeiro viu um dia de glórias em Nova York nesta quarta-feira, tendo apoio dos títulos públicos americanos, cujos rendimentos apresentaram avanço consistente. O juro da nota de dez anos dos EUA voltou a ficar acima dos 3%, enquanto o retorno do título de dois anos ficou acima dos 2,8% durante o dia, no maior nível desde setembro de 2008.
Com a esperança de taxas de juros mais elevadas em solo americano, os bancos apresentaram ganhos robustos: a ação do Goldman Sachs subiu 2,92%, a do Citigroup avançou 3,31% e a do JPMorgan teve ganho de 2,90%.
A alta das ações dos bancos e dos rendimentos dos títulos americanos vem em meio a perspectivas positivas sobre a economia americana após uma série recente de indicadores acima do esperado em relação à atividade e ao consumo. O Goldman Sachs, por exemplo, prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresça 3,3% na passagem do segundo trimestre para o terceiro em termos anualizados.
Investidores continuam monitorando, ainda, as relações comerciais dos EUA com a China e com o Canadá. Apesar das tarifas americanas anunciadas recentemente sobre produtos chineses, a confiança na estabilidade econômica global pode ajudar o mercado a entrar na temporada de lucros do terceiro trimestre, disse o presidente e fundador da Titus Wealth Management, Eric Aanes. "O resultado, embora seja real, não parece ser uma situação duradoura. A economia, e não a situação política, que está no centro das atenções do mercado."
A Amazon, por sua vez, viu suas ações encerrarem em queda de 0,75% depois que autoridades antitruste da União Europeia abriram uma investigação preliminar sobre o tratamento que a empresa dá a outros serviços de e-commerce que vendem produtos em sua plataforma.