O consumo de gás natural no País alcançou 73,4 milhões de metros cúbicos por dia em julho, o que corresponde a um crescimento de 6,4% frente aos 69 milhões de metros cúbicos/dia de igual período em 2017. Na comparação com junho de 2018, a alta foi de 1,5%. As informações fazem parte do levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), feito com concessionárias em 20 Estados.
A entidade destacou o desempenho do segmento industrial, que apresentou demanda de 29,3 milhões de metros cúbicos/dia, 6,29% acima dos 27,5 milhões de metros cúbicos/dia do mesmo mês do ano passado e 3,95% superior ao reportado em junho deste ano.
Segundo a Abegás, o volume consumido pela indústria em julho de 2018 é o maior registrado pela associação desde junho de 2015.
"É bastante significativo observar que, depois de um período de grave retração da atividade econômica, o consumo de gás natural dá sinais de recuperação na indústria. O consumo em julho é o maior de nossa série histórica em 37 meses. E desde outubro de 2015 que o consumo não ultrapassava a casa dos 29 milhões de metros de metros cúbicos", declarou o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, por meio de nota.
Ele também salientou o crescimento de 14,8% do consumo comercial, na comparação anual, e de 12,07% frente o mês anterior. "Ficamos animados de perceber que o consumo no segmento comercial, que também padeceu com a recessão, vem apresentando uma retomada", disse.
O consumo de Gás Natural Veicular (GNV) também apresentou desempenho positivo, com alta de 13,3%, frente a julho de 2017, embora em relação a junho tenha anotado leve queda, de 0,47%. Para a entidade, o crescimento reflete a competitividade do GNV em relação aos combustíveis líquidos.
Já as residências consumiram 8% mais frente ao mesmo mês do ano passado e 1,85% acima do verificado no mês anterior, influenciada pelos investimentos em expansão do serviço de distribuição de gás canalizado.
Segundo a Abegás, o número de consumidores de gás natural já ultrapassa mais de 3,4 milhões em todo o País.
Na geração elétrica o consumo apresentou alta de 3,76%, na comparação anual, consistente com o período de maior despacho termoelétrico que historicamente se observa no País, no acumulado do ano o segmento registra alta de 15,1%. Na cogeração o segmento se manteve praticamente estável na comparação com o mesmo período do ano anterior; e no acumulado até julho, o crescimento é de 11%.