A queda de 1,0% nas vendas do varejo restrito em julho ante julho de 2017, anunciada na manhã desta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quebrou uma sequência de 15 altas seguidas nessa base de comparação. Além disso, a queda ocorreu em cinco das oito atividades pesquisadas pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
Na comparação com 2017, o IBGE destacou a influência da base de comparação elevada, "considerando a liberação de recursos do FGTS, ocorrida entre março e julho de 2017".
Os principais destaques negativos de julho vieram de Combustíveis e lubrificantes (- 9,2%), Móveis e eletrodomésticos (-6,9%) e Tecidos, vestuário e calçados (-8,4%), seguidos por Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,1%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,3%).
Na contramão, encontram-se Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), setor de maior peso na estrutura do varejo, seguido por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%).
No varejo ampliado, a venda de veículos em julho ficou 16,9% acima de julho de 2017. Segundo a gerente da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Isabella Nunes, a maior oferta de crédito para a compra de carros impulsiona as vendas neste ano. Já as vendas de material de construção avançaram 2,2% na mesma base de comparação.