O dólar abriu e segue em queda nesta quarta-feira, 12, numa abertura de clara correção à alta observada na terça-feira, 11. Sobre a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, agentes assimilam positivamente dados como a menor rejeição a Jair Bolsonaro (PSL) e o fato de a esquerda não deslanchar nas preferências. "A pesquisa confirmou que tem um 'pelotão' embolado no segundo lugar", afirmou o operador da Spinelli, José Carlos Amado, observando que a pesquisa Ibope não veio tão diferente do resultado da Datafolha na segunda-feira.
Pelo Ibope, Bolsonaro subiu em intenções de voto e recuou em rejeição. Ficaram empatados em segundo lugar os candidatos Ciro Gomes (PDT), de 12% para 11%; Marina Silva (Rede), de 12% para 9%; Geraldo Alckmin (PSDB), estacionado em 9%; e Fernando Haddad (PT), de 6% para 8%. O empate considera a margem de erro de dois pontos porcentuais para cima e para baixo.
Também contribui para a queda do dólar a menor aversão a risco no exterior e a mudança de sinal do dólar ante moedas emergentes.
Às 9h16, a divisa dos EUA exibia queda perante o dólar australiano e o de Hong Kong, assim como acentuava as perdas em relação ao peso mexicano, o rublo russo, a lira turca. Em comparação a moedas desenvolvidas (euro, iene, libra), persistia em queda. No horário acima, o Dollar Index (DXY) recuava 0,07%.
A agenda fraca nesta quarta-feira colabora para uma correção nos preços domésticos mais aderente à cena externa e também à interpretação positiva da pesquisa Ibope. O destaque da agenda local é a divulgação pelo BC do fluxo cambial semanal, pouco depois do leilão de swaps cambiais para rolagem.
Na agenda americana, um destaque foi a inflação ao produtor (PPI) em agosto, divulgada às 9h30. O PPI caiu 0,1% no mês passado, sendo que a previsão era alta de 0,2%.
Após a divulgação do dado, o dólar passou a cair mais no mercado doméstico. Às 9h41, o dólar à vista recuava 0,89% aos R$ 4,1181. O contrato futuro perdia 0,85% aos R$ 4,1250.