A Bolsa abriu contaminada pelo exterior em um contexto de aversão a risco para ativos de mercados emergentes. Por volta de 11 horas desta quarta-feira, 5, o Ibovespa chegou a operar em alta em breve sinal de recuperação e em sintonia com o Dow Jones - que também havia virado a mão -, mas voltou para o terreno negativo, onde se mantém.
Às 10h48, o Ibovespa subia 0,09%, aos 74.781,50 pontos. Nesse horário, a maioria das blue chips perdia valor, exceto alguns bancos e a ON da Vale, que subia em linha com a alta (0,26%) do minério de ferro no porto de Qingdao, na China.
Após ter encerrado o pregão de terça em queda de quase 2%, o Ibovespa vai refletindo a continuidade da cautela dos investidores em relação ao mercado acionário.
De acordo com a análise gráfica da Itaú BBA, ao perder o suporte dos 74.900 pontos, ganha força o movimento de queda em direção aos próximos suportes que se situam em 71.900 e 69.000 pontos. Por outro lado, se houver recuperação, o índice tem importante resistência em 79.500 pontos.
Na avaliação de um profissional de renda variável, com agenda de divulgação de dados econômicos fraca, os agentes seguem no movimento global de aversão ao risco, principalmente em relação aos ativos de economias emergentes.
Esse sentimento já se fez presente na Ásia, cujos mercados fecharam em queda, prevalece entre as bolsas europeias e aponta nas bolsas americanas, onde os índices futuros operam em terreno negativo. Pode contribuir para amargar o dia por aqui, a baixa das cotações dos contratos futuros de petróleo em torno de 1%.
Internamente, os investidores ainda ficam na expectativa pela divulgação da pesquisa Ibope/Estadão/TVGlobo que, por sua vez, aguarda um pronunciamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já o Datafolha, que havia cancelado a sondagem que seria realizada entre 4 e 6 de setembro, registrou no TSE uma nova pesquisa nacional, prevista para ser divulgada no dia 10 de setembro.