Os trabalhadores de bancos públicos e privados aprovaram, no fim da noite de quarta-feira, 29, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na campanha salarial de 2018. De acordo com a resolução aprovada, os bancários receberão reajuste de 5% dos salários e demais verbas, sendo reposição integral do INPC acrescida de aumento real de 1,18%. Também foi acordada a manutenção das cláusulas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) anterior e a garantia de extensão dos termos da CCT aos profissionais com salário superior a R$ 11.291,60 - considerados hipersuficientes, conforme as novas regras trabalhistas.
O acordo tem validade de dois anos e garante a manutenção de todos os direitos para 2019, assim como reposição da inflação medida pelo INPC e 1% de ganho real de salários, vale alimentação e refeição, décimo terceiro salário e auxílio-babá/creche.
"A proposta conquistada pela categoria, após dez exaustivas rodadas de negociação, prevê, além de aumento real, a manutenção das nossas conquistas históricas e avança outros direitos. Garante ainda os direitos a cerca de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes, o que foi uma vitória da categoria bancária contra a reforma trabalhista", diz a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das representantes da categoria durante as negociações, Ivone Silva.
A categoria conseguiu um reajuste salarial superior à média dos acordos celebrados neste ano. Levantamento feito pelo Dieese mostra que o ganho real médio a partir de 4.659 acordos fechados entre janeiro e julho deste ano foi de 0,97%.