Jornal Correio Braziliense

Economia

Techs lideram ganhos e levam S 500 e Nasdaq a novas máximas históricas

O otimismo dos investidores quanto às negociações comerciais envolvendo os Estados Unidos esteve, novamente, no pano de fundo dos negócios em Nova York nesta quarta-feira, 29, quando os mercados acionários americanos voltaram a exibir ganhos. O setor de tecnologia esteve no centro das atenções em meio a novos comentários do presidente Donald Trump sobre giant techs e guiou tanto o S 500 quanto o Nasdaq a novas máximas históricas de fechamento. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,23%, aos 26.124,57 pontos; o S 500 subiu 0,57%, aos 2.914,04 pontos; e o Nasdaq teve ganho de 0,99%, aos 8.109,69 pontos. O subíndice de tecnologia do S 500 encerrou o dia com alta de 1,01%, aos 1.329,47 pontos, à medida que as techs apresentaram forte valorização, subindo pela nona vez nas últimas dez sessões. Parte dos ganhos veio do salto de 3,38% das ações da Amazon, que fecharam cotadas a US$ 1.998,10, após o economista Brian Nowak, do Morgan Stanley, elevar o preço-alvo da ação da companhia para US$ 2,5 mil, afirmando que a Amazon deve "crescer rapidamente com receitas de alta margem, o que deve permitir que a empresa continue a investir, gerando lucros maiores". Nowak também elevou o preço-alvo da ação da Alphabet, a controladora do Google, para US$ 1,8 mil, ao ser otimista com o Waymo, uma empresa de desenvolvimento de tecnologia para carros autônomos. "O lançamento do serviço até o fim do ano serve como um potencial catalisador para a realização de valor, já que a atual avaliação da Alphabet atribui pouco valor ao Waymo". Nesse cenário, a ação da Alphabet fechou em alta de 1,51%, para US$ 1.264,65. As techs foram ajudadas, ainda, por comentários de Trump. Apesar de continuar suas críticas ao Google, ao Facebook e ao Twitter, o presidente americano afirmou que não pretende aumentar a regulação sobre elas. "As techs tratam conservadores e republicanos muito injustamente. Ouvi dizer que o Congresso terá audiências", disse o presidente, ressaltando que "não queremos regulação. Queremos tratamento justo". No pano de fundo, o otimismo com as relações comerciais envolvendo os EUA também ajudou nos ganhos. Trump afirmou que "as coisas estão indo muito bem" nas conversas com o Canadá para a integração de Ottawa no pacto comercial fechado entre EUA e México no início desta semana. A ministra de Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, também expressou um sentimento positivo com as relações após conversas com o representante comercial americano, Robert Lighthizer. "Podemos ver acordos rápidos com o México, o Canadá e a UE, enquanto a discussão com a China parece mais profundamente arraigada", disse o diretor de soluções da UBS Global Wealth Management, Kiran Ganesh. Os agentes também monitoraram indicadores da economia americana. O Departamento do Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 4,2% no segundo trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, em base anualizada, mostrando uma aceleração em relação à primeira leitura do PIB, que mostrou expansão de 4,1%. Investidores aguardam, ainda, dados de inflação na quinta-feira, que podem ajudar a definir o ritmo de elevação das taxas de juros nos EUA pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).