O dólar voltou a superar os R$ 3,90. A moeda norte-americana está cotada (às 15h08) a R$ 3,906, com alta de 1,06%. De acordo com Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital, os fatores internos e externos levaram à desvalorização do real.
[SAIBAMAIS];A calmaria que vivia a moeda americana parece ter chegado ao fim;, disse o especialista. Isso já era esperado, tanto por fatores externos quanto internos. Neste momento o real e diversas moedas ao redor do mundo sofrem a desvalorização em função da briga entre o governo Trump e a Turquia;, explicou.
De acordo com o especialista, as eleições serão motivos para apreensão dos investidores. Tensões envolvendo a guerra comercial também são motivos para a inquietude do mercado. ;O investidor procura lugares seguros para investir em meio ao caos e segurança significa estar com os ativos em dólar. Além de novos acontecimentos na guerra comercial travada pelos EUA, que deverá desacelerar o comércio global, as eleições brasileiras também provocarão solavancos até outubro;, declarou Bergallo.
O mercado também deve reagir à pesquisa Ibope com os candidatos à Presidência da República, que será divulgada no final desta semana. Historicamente, os investidores tendem a se alinhar com ideologias de direita, que são representadas pelo candidato Geraldo Alckmin (PSDB). ;Caso Alckmin continue estagnado, provavelmente o mercado financeiro deverá ver isso como um sinal ruim, pois coloca em risco a aprovação das reformas da Previdência e fiscal;, afirmou.
O especialista recomenda, aos interessados em viajar para o exterior, em realizar compras de dólar em partes. ;Para quem irá viajar para os EUA ou precisa realizar operação de câmbio em moeda estrangeira a recomendação é sempre fazer em partes, para conseguir um preço médio. Deste modo, o investidor ou turista não pegará nem a pior cotação, nem a melhor;, disse.