Jornal Correio Braziliense

Economia

Após a queda da gasolina, etanol fica mais barato no DF

Em comparação com os valores cobrados em 15 de junho, a economia para quem abastece com álcool chega a R$ 0,50 por litro

O etanol, que muitas vezes foi descartado pelo brasiliense na hora de abastecer, porque a diferença de preço com a gasolina fazia com que não valesse a pena, volta ao radar dos motoristas. Em 13 dos 27 postos pesquisados pelo Correio, o valor do litro do combustível caiu, sendo encontrado a R$ 2,97 em postos na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), e a R$ 2,98, no Plano Piloto. Valor favorável se levarmos em conta que, na maioria dos estabelecimentos, a gasolina é vendida a R$ 3,48.

O chaveiro Carlos Ferreira da Silva, 42 anos, costuma pesquisar antes de abastecer. ;Está mais barato e tem que aproveitar, mas o preço dos combustíveis podia baixar ainda mais. Pesa no bolso da gente.; Ontem, ele decidiu colocar etanol no tanque, porque passou por um posto em que o produto estava a R$ 2,99. ;Por esse valor, compensa abastecer com álcool. Tem que ficar de olho nos preços, sempre;, afirmou.

[SAIBAMAIS]Em comparação com os valores cobrados em 15 de junho, a economia para quem abastece com álcool chega a R$ 0,50 por litro. O economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, explica que o etanol, ao contrário de outros combustíveis não depende de autorização do governo para reajuste. ;O ajuste é feito de acordo com a oferta e a demanda. Quando a gasolina sobe, a população procura saída no etanol. Por mais que consuma mais e tenha uma autonomia menor do que a gasolina, em alguns casos, compensa. Embora tenha ficado mais caro, o etanol contribui menos que a gasolina para a inflação;, ressalta.

  • Presos executivos de distribuidoras

  • Oito executivos das três maiores distribuidoras de combustíveis do país foram presos ontem na Operação Margem Controlada, deflagrada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, em parceria com a Polícia Civil do Paraná. Os alvos são suspeitos de integrarem ;uma quadrilha que controlava de forma criminosa o preço final do combustível nas bombas dos postos de gasolina bandeirados de Curitiba;. A polícia cumpriu oito mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Entre os presos estão três assessores comerciais da Petrobras Distribuidora S/A, um gerente comercial e um assessor da Ipiranga Produtos de Petróleo S/A e um gerente e dois assessores comerciais da Shell (Raízen Combustíveis S/A).