Jornal Correio Braziliense

Economia

BC registra rombo de R$ 13,5 bi, em junho, para o setor público consolidado

Saldo negativo registrou queda de 30,7% em relação a junho de 2017 nas contas dos governos federal e regionais e das estatais, mas cresceu 64,6% em relação a maio. Dívida pública bruta sobe para 77,2% do PIB


O resultado primário do setor público consolidado ficou negativo em R$ 13,5 bilhões no mês de junho, registrando queda de 30,7%, em relação ao rombo registrado no mesmo intervalo de 2017, de R$ 19,5 bilhões. Foi o melhor resultado para mês desde 2016. No entanto, o deficit primário teve um salto de 64,6% sobre maio, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (30/06) pelo Banco Central.

No acumulado do semestre, as contas dos governos federal e regionais e das estatais combinadas registraram deficit primário de R$ 14,4 bilhões, ou 0,43% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o rombo ficou em R$ 89,8 bilhões, o equivalente a 1,3% do PIB.

O resultado nominal das contas públicas, que inclui a conta de juros, ficou negativo em R$ 57,9 bilhões, no mês passado. Desse montante, R$ 44,4 bilhões foram juros da dívida. No ano, o deficit nominal somou R$ 217,4 bilhões, o equivalente a 6,5% do PIB, sendo que a conta de juros somou R$ 202,9 bilhões desse volume. Em 12 meses, a necessidade de endividamento do setor público chegou a R$ 487 bilhões, o equivalente a 7,28% do PIB, percentual levemente acima dos 7,21% do PIB registrados em maio.

Já a dívida pública líquida, que desconta as reservas em moeda estrangeira do BC, somou 51,4% do PIB para o setor público consolidado, 0,1 ponto percentual acima do registrado no mês anterior. Apenas a dívida líquida do governo federal foi maior: passou de 53,2% para 53,4% na mesma base de comparação.