Após dez meses seguidos com mais retiradas do que aplicações, o Tesouro Direto fechou junho com um saldo positivo de R$ 188,9 milhões, conforme dados divulgados nesta terça-feira (24/7) pelo Tesouro Nacional. Ao todo, as vendas do Tesouro atingiram R$ 1,349 bilhão e os resgates somaram R$ 1,161 bilhão.
[SAIBAMAIS]A rentabilidade mensal do Tesouro Direto é o que vem afugentando os investidores nos últimos meses do programa. De acordo com o relatório do órgão, apenas os títulos indexados à taxa básica de juros (Selic), o Tesouro Selic, registraram variação positiva em junho, de 0,33%.
No ano, a alta foi de 2,89%. O papel que mais acumula perda no ano é o Tesouro IPCA 2045, indexado à inflação, com variação negativa de 8,40% desde janeiro. No acumulado em 12 meses, o Tesouro Préfixado 2021, de 11,71%. Já o Tesouro Selic registra valorização acumulada de 7,23% em 12 meses.
Não à toa, o título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, cuja participação nas vendas atingiu 39,9%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA%2b e Tesouro IPCA com Juros Semestrais) corresponderam a 34,4% do total e os prefixados, 25,7%.
No mês passado, o estoque do Tesouro Direto cresceu 1,5% em relação a maio, somando somou R$ 48,8 bilhões. Em relação ao mesmo intervalo de 2017, a alta foi de 4,6%. Os papeis indexados à inflação correspondem ao maior volume desse estoque, de 60,8%. Os títulos indexados à Selic, detém participação de 24,6% e, os títulos prefixados, de 14,6%.
O Tesouro registrou o cadastro de 80.021 novos investidores no programa, que atingiu no fim do mês atingiu 2.289.949 cadastrados, o que representa um aumento de 54,2% nos últimos doze meses. O número de investidores ativos chegou a 619.358 no mês passado, uma variação de 22% nos últimos doze meses, conforme dados do órgão. O acréscimo de investidores ativos em junho foi de 10.063 pessoas.