Os juros futuros fecharam em alta a sessão desta terça-feira, 3/7, após passarem a manhã em baixa, alinhadas ao comportamento do dólar. À tarde, mesmo com a moeda mantendo-se em queda, o recuo das taxas se esvaiu, movimento que foi atribuído pelos profissionais da renda fixa a uma correção do alívio de segunda.
[SAIBAMAIS]No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 terminou em 6,835%, de 6,788%, na segunda-feira, no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 subiu de 8,28% para 8,34%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou na máxima de 9,32%, de 9,25% no último ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023 também terminou na máxima, a 10,72%, de 10,67%.
"Não teve nada relevante para explicar a mudança na dinâmica à tarde, mas a queda parecia exagerada", afirmou o trader da Quantitas Asset, Matheus Gallina. O operador de renda fixa da Renascença DTVM, Luis Felipe Laudisio, lembra que o alívio entre ontem e a manhã de hoje tinha sido, em boa medida, influenciado pela entrada de recursos vindos do vencimento de LTN (R$ 61 bilhões) e do pagamento de cupom de NTN-F (R$ 19,5 bilhões) nesta segunda-feira. "Esse fluxo agora parece que cessou", observou.
Desse modo, os juros acabaram se descolando do câmbio no período da tarde. A moeda recua ante o real, alinhada à tendência global. Às 16h21, o dólar à vista estava em R$ 3,8957, baixa de 0,35%.
Os rendimentos dos Treasuries também caíram, à medida que a sessão abreviada pelo feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, fez com que os investidores buscassem a segurança dos títulos públicos americanos. O movimento de cautela foi impulsionado, principalmente no fim dos negócios, pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.