Hamilton Ferrari
postado em 26/06/2018 18:17
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que a meta para a inflação de 2021 ficará em 3,75%. A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (26/6) pelo Ministério da Fazenda. De acordo com a nota do conselho, a decisão representa ;mais um passo; para a obtenção de taxas mais baixas de forma sustentável na economia brasileira.
[SAIBAMAIS]A meta foi aprovada na tarde desta terça em reunião extraordinária (Resolução n; 4.671). O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual, ou seja, de 2,25% a 5,25%. O conselho argumentou que a economia brasileira pode conviver com taxas de inflação mais baixas com base nas expectativas de mercado. Segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) e que tem projeções de analistas, as expectativas estão para uma inflação de 4% em 2018 e de 4,10% em 2019.
As metas de inflação para 2018, 2019 e 2020 são de 4,5%, 4,25% e 4%, respectivamente. ;Esta perspectiva da inflação foi beneficiada pelo redirecionamento da política econômica e a adoção de reformas e ajustes que, combinados com a condução da política monetária, permitiram reancorar as expectativas de inflação;, defendeu a nota.
O comunicado também defendeu que houve avanços consideráveis no índice de preços, saindo de 10,67% em 2015, passando por 6,29% em 2016 e terminando 2017 em 2,95%, abaixo do piso da meta (3%), que era de 4,5%. ;Passados dezenove anos de implantação, o regime de metas ganhou maturidade que permite avançar na obtenção de taxas de inflação mais baixas de forma sustentável. A adoção de uma abordagem gradual, combinada com a presença de expectativas de inflação ancoradas, fazem com que esse processo ocorra de forma suave e sustentada;, enalteceu o conselho.