O IBovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou abaixo dos 70 mil pontos nesta segunda-feira (18/6). A queda foi de 1,33%, aos 69.814 pontos, registrando o quarto recuo consecutivo. O dólar terminou o dia em alta de 0,27%, cotado a R$ 3,74.
[SAIBAMAIS]As insatisfações no mercado ocorre, segundo analistas, diante da menor atratividade dos países emergentes para investimentos. Após Federal Reserve (FED, o Banco Central dos Estados Unidos) anunciar aumento dos juros norte-americanos, houve uma fuga de capital para países mais seguros economicamente, o que não é o caso do Brasil.
Há também uma grande apreensão quanto à guerra comercial iniciada entre o país americano e a China. Os EUA impuseram restrições comerciais com a nação asiática, sob a alegação de concorrência desleal. Os chineses revidaram as medidas.
De acordo com os economistas, o conflito pode provocar uma perda de 2 pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, prejudicando todos os países, incluindo o Brasil, que apresenta uma recuperação econômica abaixo do esperado.
Há ainda o temor quanto às eleições deste ano, que ainda são imprevisíveis. O mercado apoia um candidato de centro-direita que defenda a continuidade de reformas, principalmente a da Previdência Social. Na avaliação dos especialistas, as mudanças na legislação são fundamentais para garantir a sustentabilidade do orçamento público federal brasileiro.
Com esse cenário de incertezas, o Credit Default Swaps (CDS), mais conhecido como risco-país, chegou aos 280 pontos, o que representa o maior nível desde janeiro de 2017.
Para conter a alta do dólar, o Banco Central (BC) anunciou a venda de US$ 10 bilhões swaps cambiais (o equivalente a venda futura da moeda americana em contratos), que se somam aos US$ 24,5 bilhões já divulgados anteriormente. Na prática, isso ajuda a segurar o volatilidade do câmbio. Pela manhã, 20 mil contratos foram ofertados.