<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/05/29/684475/20180529103210258043o.jpg" alt="O presidente Temer se dirigiu para um público bem menor do que o do Fórum do ano passado, onde ele festejava a saída do país da recessão de 2015 e 2016" /><br /></div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"><strong>São Paulo</strong> - O presidente Michel Temer evitou mencionar a greve dos caminhoneiros, <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJBcHA6OkdyZXZlIGRvcyBjYW1pbmhvbmVpcm9zIGVudHJhIG5vIDm6IGRpYSBlIGFpbmRhIGFmZXRhIGEgdmlkYSBkbyBicmFzaWxpZW5zZSIsImxpbmsiOiIiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiNjMiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoibm90aWNpYV8xMjc5ODMyNDIzNjEiLCJpZF9wayI6IjY4NDM2MiIsImljb24iOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiNjMiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiNDYiLCJ0aXR1bG8iOiJHcmV2ZSUyMGRvcyUyMGNhbWluaG9uZWlyb3MlMjBlbnRyYSUyMG5vJTIwOSVCQSUyMGRpYSUyMGUlMjBhaW5kYSUyMGFmZXRhJTIwYSUyMHZpZGElMjBkbyUyMGJyYXNpbGllbnNlIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiI2MyIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiNDYifSwicnNzIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiI2MyJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJub2ZvbGxvdyI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9LCJkaW5hbWljbyI6IiJ9">que continua parando o país</a> e aumentando o risco de desabastecimento, durante a abertura da segunda edição do Fórum de Investimentos Brasil, em São Paulo, nesta terça-feira (29/5). Em um discurso otimista, ignorando os problemas atuais que afetam o dia a dia da população, ele tentou vender o Brasil para os investidores estrangeiros participantes do evento na capital paulista destacou que a palavra que define seu governo é o diálogo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS];Enfrentamos uma oposição aguerrida e respondemos com a força do argumento e com o poder do diálogo, que é a marca do nosso governo. Alguns confundem a vocação para o diálogo com eventual leniência ou fraqueza política. É justamente o oposto. O diálogo é da própria essência e é a sua fortaleza;, destacou Temer. De acordo com o presidente, o país deverá crescer entre 2% e 2,5% neste ano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No entanto, na véspera da divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano, especialistas já avisam que, por conta da crise atual que já está afetando a atividade, vai ser difícil para o país crescer mais do que 2% este ano. O economista Sérgio Vale, da MB Associados, acaba de reduzir de 2,5% para 1,9% a previsão de expansão do PIB este ano e não tem dúvidas de que, se a greve continuar por mais tempo, essa estimativa será reduzida novamente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O presidente Temer se dirigiu para um público bem menor do que o do Fórum do ano passado, onde ele festejava a saída do país da recessão de 2015 e 2016. Em seu discurso, ele fez questão de citar em seu discurso as medidas que o governo conseguiu avançar no Congresso Nacional para melhorar o ambiente de negócios, como a nova lei do pré-sal e também reforçou a importância da aprovação da emenda do teto dos gastos, que tem como o objetivo evitar o crescimento desenfreado das despesas ao longo dos próximos 20 anos. No entanto, o presidente reconheceu a falta de avanço na reforma da Previdência, essencial para o reequilíbrio das contas públicas. ;Trouxemos a agenda pública para outro patamar. Temas que são essenciais para o crescimento sustentado, como a reforma da Previdência são temas fundamentais e se tornaram obrigatórios no debate política. Pode ter saído da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política;, disse, acrescentando que não haverá espaço para ;escamotear; esses assuntos prioritários.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Pouco antes de Temer, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, fez um pronunciamento e chamou a atenção para o momento crítico em que o país atravessa com a greve dos caminhoneiros, mas não descartou o potencial do país na região assim como elogiou os avanços no combate à corrupção com a Operação Lava-Jato. ;O Brasil tem tudo para triunfar. Alguns vão dizer que essa é uma perspectiva ingênua, tendo em conta os eventos dos dias recentes. A greve dos caminhoneiros, sem duvida, mostra os grandes desafios que o Brasil enfrenta no curto prazo. Esta semana também nos lembramos da importância fundamental do diálogo. É muito fácil criticar o processo conflitivo e, às vezes, caótico que conduz a construção de consensos. Mas vale lembrar que essa é a essência da democracia;, destacou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De acordo com Moreno, o risco de uma mudança abrupta de expectativas dos investidores continua a existir para todos os mercados financeiros, principalmente, neste momento de turbulência nos mercados emergentes, cujas moedas estão tendo forte desvalorização frente ao dólar. Ele destacou a necessidade de avançar a reforma da Previdência e reforçou a importância da independência das instituições para o bem da democracia. ;A independência do poder judiciário é um dos indicadores mais fiais de um estado de direito. O Brasil passou nessa prova e é um exemplo para o resto da América Latina. O Brasil é o farol que guia as outras democracias da região;, afirmou.</div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">De acordo com os organizadores, 2,5 mil pessoas se inscreveram para os dois dias do Fórum em São Paulo, organizado pelo governo federal, ApexBrasil e BID.</div>