As ações da Petrobras caíam 8% na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda-feira (28/5), um dia após o anúncio da redução do preço do diesel, acordada pelo presidente Michel Temer para acabar com a greve dos caminhoneiros.
Às 11h10, as ações preferenciais da estatal petroleira perdiam 7,58% e as ordinárias 7,47%, após ter superado a barreira dos 8%, enquanto o índice Ibovespa caía 2,77%. Na semana passada, as ações da Petrobras já haviam caído 14%.
Temer anunciou no domingo uma redução de 46 centavos por litro de diesel por 60 dias e uma revisão mensal dos preços, ao invés de diária, como a Petrobras fazia até a semana passada, quando a crise eclodiu.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, tentava acalmar nesta segunda-feira a reação negativa do mercado, garantindo que a medida "não irá causar qualquer prejuízo" para a empresa e que "não há um congelamento de preços" mas "apenas uma mudança na periodicidade" da revisão.
A Petrobras havia alinhado seus preços com os do mercado internacional, com revisões diárias, no final de 2016 como uma estratégia para corrigir suas finanças e recuperar sua credibilidade depois de estar no centro do maior escândalo de corrupção na história do Brasil.
A greve dos caminhoneiros que durante oito dias paralisa o Brasil foi desencadeada pelo aumento contínuo do preço do diesel, que passou de uma média de 3,356 reais em janeiro para 3,595 reais em 19 de maio, antes da greve, e chegou a 3,788 reais em 26 de maio.